22 agosto 2014

ESCOLHER ISRAEL




Uma amiga portuguesa, talvez por ter lido o meu post anterior, chamou-me à atenção para este artigo de Miguel Esteves Cardoso publicado no Público há dois dias. Uma pérola! O mundo a ferro e fogo e os nossos intelectuais continuam, como no tempo de Salazar, a evitar temas controversos meditando sobre poesia e arte moderna como é hábito em ditaduras. Miguel Esteves Cardoso faz parte das raras excepções.


Estou em crer que MEC viu o videoblog do Pat Condell, compreendeu a mensagem e escreveu este corajoso artigo. Na introdução, MEC afirma que Israel tem aproximadamente um amigo estrangeiro por cada mil amigos que têm os palestinianos. Tenho a mesma impressão, mas creio que isto se deve ao incompatível casamento entre o esquerdalho e o mao-metano. Mas também à lógica aritmética imposta pelo Hamas: um israelita  (soldado Gilad Shalit) vale em troca 1027 terroristas presos em Israel.


Miguel Esteves Cardoso:

Israel está cada vez mais sozinha. É fisicamente atacada pelos foguetes do Hamas mas é internacionalmente atacada por defender-se. Sim, os foguetes israelitas são mais poderosos e mortíferos do que os do Hamas. Mas se fosse ao contrário acham que o Hamas não usaria os foguetes mais assassinos para atacar Israel? Acham que o Hamas alguma vez os usaria só para contra-atacar, depois de um ataque israelita?

Há mais de uma guerra. Nesta guerra mais recente, a maioria (mas nunca a totalidade) dos israelitas está de um lado e do outro estão o Hamas e a maioria (mas nunca a totalidade) dos palestinianos.

Na guerra mais antiga, de um lado, está Israel e os aliados democráticos, cada vez mais titubeantes, que tem. E, do outro, estão todos os imensos países árabes mais o Irão e todos os outros países islâmicos.

Israel tem aproximadamente um amigo estrangeiro por cada mil amigos que têm os palestinianos. Nas guerras, é preciso ser-se de um lado ou de outro. Nas guerras pelos underdogs, basta fazer contas para perceber que, de todos os pontos de vista numéricos, geográficos e políticos, é Israel que é o underdog.

Por cada cem israelitas que querem um estado da Palestina quantos palestinianos querem Israel ao lado da Palestina? Um. Só os mais inteligentes e humanistas. Felizmente ainda são bastantes. Mas não são do Hamas.

É preciso escolher Israel – tanto pela causa de Israel como pela nossa.
O resto é cobardia, aldrabice, desprezo e estupidez.

4 comentários:

  1. Depois de ler o artigo do MEC , concluí que faço parte da minoria.....escolhi Israel.

    Pena que os dirigentes do povo palestiniano não se preocupem com o dinheiro gasto na construção dos túneis e das armas.Porque usam crianças e mulheres como escudos??? Cobardia pura, isso não é lutar pelo seu povo....

    A ignorância é a maior inimiga dos homens.....

    A grandeza de um país está na prosperidade e bem estar do seu povo, não no fanatismo de impor aos outros seres a sua "verdade religiosa" ......

    Sou pela Paz e Liberdade de todos os SERES

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    1. A grandeza e a prosperidade de um povo depende frequentemente da visão da sua elite. Um exemplo: os russos, além de nadarem em gás e petróleo, são um povo inteligente, engraçado, original, poético e, como nós, gostam do seu copinho.

      Com este pedigree podiam ser uma Noruega, mas preferem ser uma Nigéria...

      Vá lá uma pessoa entender esta gente!!!

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  2. Boa comparação, Zé, mas na minha humilde opinião o pedigree não faz um "ser"melhor ou perfeito é simplesmente um conceito.....e penso que não depende só da visão da dita elite, mas sim da honestidade e vontade da mesma......

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  3. Ana, sim, mas as elites são normalmente um espelho do seu próprio povo, de outra forma não eram ELITE.. O que acontece é que por vezes os povos têm sorte, e lá aparece de vez em quando um dirigente sensato - mas isso é pura sorte.

    Exemplo: O Gorbachov na Rússia

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